Se numa política cultural moderna é exigível a criação e manutenção de um clima de liberdade democrática, é imprescindível, neste caso, a participação mínima da comunidade nesta política e na difusão das manifestações culturais. Neste sentido, é importante destacarmos os avanços que o Brasil tem alcançado nos últimos anos, na construção desta política, priorizando a contribuição da sociedade, amplamente observado nos seminários e conferências de cultura que permearam o cenário nacional nos últimos anos. A articulação das três esferas governamentais na construção do Sistema Nacional de Cultura e dos diversos órgãos e secretarias afins, além de ampliarem a oferta dos recursos para as organizações comunitárias poderem se manifestar, aos poucos, desmistifica a cultura como um privilégio de elite ao mesmo tempo em que democratiza todas as manifestações culturais deste imenso Brasil como patrimônio igualitário de todos. O estado deixou de ser o produtor absoluto da cultura e aos poucos, as comunidades atuam diretamente no fortalecimento das suas identidades através do desenvolvimento de suas expressões nos pontos de cultura.
Mais do que defender a necessidade da retomada da reformulação das políticas culturais, a sociedade organizada ainda se apropriou das tecnologias da informação e comunicação para fazer valer à pena o seu direito aos bens culturais e garantir a todos os indivíduos o acesso ao conhecimento desse patrimônio. Nesse universo tecnológico, qualquer brasileiro e em qualquer parte do mundo pode colaborar divulgando a cultura brasileira ou produzida pelo seu povo, principalmente no que diz respeito às práticas, manifestações e produção cultural que seja, ou não, do conhecimento de outras comunidades. A internet e outros recursos tecnológicos constituem uma vitrine que contempla todo o panorama da imensa diversidade cultural brasileira porque é construído pela comunidade brasileira; prova real que vale a pena divulgar a nossa cultura e que ela é um excelente negócio.
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